Há 4 anos, por manobras do destino foram abandonadas no estacionamento do lugar onde trabalho 2 fêmeas de pouco mais de 60 dias.
Eu e meu marido já estávamos planejando ter cães. Apesar de eu gostar muito, nunca tinha tido.
Naquele dia depois de muita conversa e sins e nãos, levei a Bisteka pra casa. A irmã dela foi tb adotada por um colega de trabalho.

Começou aí minha aventura como mãe de cachorro. Amor imediato e irrestrito. Cuidei dela, castrei, sentia falta todos os dias. Quando chegava em casa ficava grudada naquela bolinha de pelos.
Depois de 1 ano decidimos que teríamos mais um cão para fazer companhia a ela. Busquei uma ONG seria, e por alguns meses troquei mensagens e telefonemas com a Vera, presidente da Acãochego que nos orientou adotar um macho, pelo perfil dominante que a Bisteka tinha.
Em abril de 2013 adotamos o Chopp, um menino muito medroso, então com 7 meses, que já havia sido adotado e devolvido por 2 vezes. Naquele dia prometemos a ele que ele estava indo pra casa, e que nunca mais seria devolvido. Passado 1 mês de convivência pacifica entre os dois, em um sábado fomos leva-los ao petshop para tomar banho, quando a veterinária nos chamou para mostrar uma cadela que havia sido resgatada de um carroceiro por outra cliente da clínica. Estava pele e osso, não era alimentada, e havia sido usada para procriar, para que o carroceiro vendesse os filhotes. Ela tinha por volta de 9 meses. Nos sensibilizamos com aquela figura magra e triste e a adotamos naquele exato momento. Assim, a Breja entrou na nossa família, em menos de 2 semanas recuperou a alegria e principalmente o peso e a saúde.

Em outubro de 2014 depois de já questionar muito a alimentação com ração – que devia ser muito chato comer a mesma coisa todos os dias – já que os cães não comiam toda a aração do pote, comecei a pesquisar alternativas de alimentação. Imaginava que deveria ter alguma alternativa para eles quererem comer melhor. Foi quando encontrei o site www.cachorroverde.com.br


O pelo mudou, o brilho, a energia, a disposição, tudo começou a ficar diferente. Ah, e o cocô é a mesma coisa, não muda nada depois de adaptados à nova alimentação. Claro que o processo de adaptação, que leva no máximo 10 dias, altera, mas depois normaliza.
Em novembro, uma filhota de menos de 6 meses foi abandonada num abrigo que sou voluntária. A presidente da ONG me mandou uma imagem daquela pequena com cinomose, dizendo que apesar do estágio da doença, parecia que ela poderia ser curada. Pedi que levasse para tratamento, e com um grupo de voluntarias/madrinhas, ela foi tratada, e adotei a Pequena que só veio pra casa em fevereiro, depois de ficar curada.
Em dezembro desde mesmo ano me inscrevi no curso de alimentação natural da Dra. Sylvia Angelico, responsável pelo site e foi incrível. Aprendi muito sobre alimentação natural, o que pode, o que nunca pode, os complementos, as vitaminas, os alimentos tóxicos e os petiscos industrializados super nocivos à saúde deles. Mudança novamente nos hábitos alimentares dos 3.
Me animei e por algum tempo fiz as comidas em casa, alternando com a comprada. Passei a fazer tb petiscos de receitas do site. E aprendi a fazer uma canja de frango orgânico que é um soro milagroso quando eles estão doentes, com problemas estomacais. Essa nova realidade tb me levou a buscar alternativas mais naturais com a saúde e medicações. Por indicação da Dra. Sylvia, conheci a Dra. Carmen Cocca, veterinária holística que passou a tratar da saúde dos meus cães.
Em busca de novas opções de alimentação natural, cheguei ao Cozinha Animal. Em conversa com a proprietária, tive a feliz informação que ela tb seguia o Cachorro Verde e que poderia fazer as porções exatas para cada um dos meus cães seguindo a orientação da Dra. Sylvia.
Família formada, 4 cães em casa. A nossa casa tb é dos cachorros, circulam por todos os cômodos. São parte da família.
Até que em abril, estava andando na periferia de SP, e me deparei com um cão pequeno, bem pretinho, assustado e pedindo ajuda com os olhos tristes. Não pude dar as costas. Era uma rua movimentada, tarde da noite. Me abaixei e peguei aquele corpinho fraco debaixo de um carro. Era uma menina, filhote ainda. Tava com o rosto e várias partes do corpinho com feridas, levei direto pro pet 24h, e depois pra casa. Muito assustada não comeu e nem se mexeu durante a noite. Decidi que trataria dela antes de pensar em colocar para adoção. Era um caso difícil, que exigiria muitos meses de tratamento, muito medicamento, alimentação natural adequada e muito amor. E em se tratando de amor, a gente dá e recebe muito em troca, e depois de 3 meses não conseguimos mais pensar em não ter a Preta definitivamente em nossa família. Agora a família está completa. Minha missão com os cães não para nem termina. Ajudo, resgato, divulgo, busco família, me envolvo com ONG. O que tiver a meu alcance, e puder fazer, eu faço. Todos os meus cães são castrados e chipados, e mais importante, identificados. E por serem tantos e por terem perdido tantas medalhinhas, fui em busca de outra opção de identificação, e acabei descobrindo as coleiras bordadas. Hj faço par vender, para que substituam as plaquinhas.
Parte da renda é usada para ajudar cães carentes. Seja com compra de ração, seja entregando em doação coleiras bordadas para moradores de ruas, ou para famílias de baixa renda que amam seus cães. Quem tiver interesse, pode mandar e-mail para bisteka.coleiras@gmail.com ou via mensagem no Instagram @nossavidadecachorro onde mostro o dia-a-dia dos meus 5 filhos peludos.
Adote. Ajude a mudar a realidade de animais abandonados no Brasil
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